sábado, 31 de dezembro de 2011

"...e sua guitarra antiga nas mãos..."


   Todos os dias enquanto ia para o trabalho, um menino, de aproximadamente uns doze anos de idade, me acompanhava pelo outro lado da rua. Ia com sua mochila nas costas, e sua guitarra antiga nas mãos. Entre intervalos de tempo, limpava as mãos suadas na sua calça jeans surrada. Trabalhava nas suas tentativas de solos incansavelmente, como se aquilo um dia fosse mudar a realidade que vivia.
   Intrigado com o que via, um dia resolvi perguntar a ele o porquê de sua insistência na guitarra. Ele me respondeu que um dia seria um grande guitarrista, e que traria novamente o rock aos corações jovens, com o velho sentimento de liberdade e de protesto. Que um dia ele iria dividir o palco com os guitarristas que ele mais admirava, e que esses passariam a ter respeito e consideração por ele.
   Olhei para ele, e com a minha experiência de vida dos meus quarenta e poucos anos, falei que o que ele queria para ele não ia garantir seu futuro, e que se aquilo não desse certo, ele provavelmente teria que trabalhar em um emprego qualquer durante o resto de seus dias, e sua guitarra ficaria abandonada. Finalmente, disse que ele tinha sonhos demais para alguém tão pequeno.
   Sem exitar, ele falou:
   - Posso ter sonhos demais para alguém tão pequeno, sim, porém, se eu não sonhar terminarei da mesma forma, da mesma forma, que aparentemente você está.
   Apenas calei-me e segui meu caminho, pensando em toda a felicidade que desperdicei.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Férias, eu quero seu corpo nu

  O ano letivo quase acabando, e eu querendo me matar. Se tem provas, a minha vontade é dizer "foda-se" e nem estudar. Torço a cada segundo para que os professores faltem, para que haja reunião, um apocalipse zumbi, ou qualquer coisa que nos deixe sem aula. Férias, onde você se escondeu querida? Eu te quero tanto.
  Não sei como está a situação de vocês, se já estão passados, enforcados, ou com a corda no pescoço, mas aposto que já não aguentam mais, aquela vontade de não levantar de manhã, e ficar apodrecendo na cama, eu sei bem como é. E o pior, na minha escola eles nem estenderam o feriado no dia 15 de novembro, é muita trollagem.
 Enfim, sei que o assunto não é dos melhores, entretanto, eu queria compartilhar meu desejo ardente por férias. '-'

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Chuva

  Hoje quando eu acordei e olhei para o céu pela janela do meu quarto, achei que seria um dia chuvoso. Provavelmente não fosse chover, mas eu queria que sim, eu queria um temporal. Um temporal que levasse todas as minhas mágoas e tristezas, que unisse a minha e todas as famílias em uma falta de luz. Eu queria fazer um piquenique em volta de uma vela, sentada no chão da sala, dentro de uma casa escura com a minha família. Queria acreditar por alguns segundos que as coisas são fáceis, que não há pessoas morrendo lá fora, não há corações sendo partidos, filhos sendo abandonados, e muitos outros problemas do mundo. Fingir, talvez, que vivo em um mundo perfeito, onde todos são extremamente felizes, e que a única coisa que os faz chorar é quando se machucam fisicamente, como quando somos criança.
  Eu queria que chovesse, para que eu pudesse olhar para aquela chuva e escrever algumas músicas ao lado do meu violão, músicas que nunca mostraria para ninguém. Eu só queria que chovesse, para acentuar a nostalgia do meu dia, ou apenas para unir minha família. E como um choro de criança, eu sei que chover não mudaria nada, mas pelo menos aliviaria a dor de quem chorou, e nesse caso, de quem desejou que chovesse.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Seu olhar perdido

   As vezes você se pega pensando em coisas aleatórias, como se seu cérebro quisesse fugir daquilo que você precisa pensar. Seu olhar fica perdido, triste ou alegre. Perdido, nos próprios pensamentos. Tentando encontrar uma resposta, lembrança, qualquer coisa dentro de si mesmo. Então, você se pega sorrindo durante a aula de física, enquanto olha para aquele quadro cheio de fórmulas e números sem sentido. Alguém te olha e pergunta "Por que você está sorrindo?", e você responde "Eu não sei", quando dentro de você paira aquele pensamento, aquela lembrança, aquele momento que fez você sorrir. E você chora, ou simplesmente seus olhos demonstram tristeza, enquanto todos os seus amigos a sua volta estão rindo. Perguntam a você o que houve, e você responde "Nada", quando quer dizer "Me abraça forte e nunca mais me solta.".
   Somos seres complexos, que adoram expressar por fora algo totalmente diferente do que está por dentro. A verdade, é que não desejamos que notem o que tentamos mostrar para que tudo pareça bem. Nós queremos que eles percebam o que está nos pensamentos, na alma, no olhar perdido. O que realmente é, e não o que aparenta ser.

Sei que parece um desabafo, em parte é, mas é também a realidade. Espero que entendam, na inutilidade dessas minhas bobagens, há algo para pensar. Beijos da bhe.

domingo, 30 de outubro de 2011

Mas foda-se

   Sei que faz tempo que não posto alguma coisa, mas estou aqui outra vez, como se diz, "passando para dar um oi".
   Me deparei a pouco com uma frase que costumo dizer muito: "mas foda-se" Uso ela geralmente depois de alguma frase que venha de encontro a algo que faço. Por exemplo: Esse texto ficará horrível, mas foda-se.
   E por que escrever um texto falando sobre meu vício linguístico? Bom, queridos amigos, porque eu acho que dizer "mas foda-se" faz bem. No geral, dizer "foda-se" já é bom, mas essa frase é melhor ainda. Veja o que está por trás, é como ignorar qualquer fato que possa vir a interromper o que você deseja fazer, ignorar o que vão pensar, simplesmente fazer o que você quer fazer, e que se foda quem achar ruim.
  Pode não fazer muito sentido, e até parecer um costume ruim. Entretanto, pense bem, as vantagens de dizer isso são muitas. Faz bem, tente. Não é nem pelo "mas foda-se" em si, mas pelo ato de deixar de lado o que possam dizer, e muitas vezes nossos próprios problemas. Conte seus problemas, e no final diga "mas foda-se" e pronto, passou. É loucura, mas funciona.
   Mas enfim (essa é outra que uso muito, mas outro dia falo sobre ela ) sei que para o tempo que fiquei sem postar, esse não é um dos melhores textos, mas foda-se.

domingo, 2 de outubro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Capítulo final


Naquela tarde Alice foi ao parque, preparada para fazer várias perguntas, mas quando encontrou Henrique teve a visão de uma pessoa pálida, sem vida. Ele estava péssimo.
  - O que houve com você? - Disse ela abraçando-o, enquanto as lágrimas corriam por sua face.
  - Tenho alguns problemas com a minha família, não queria que você sofresse por isso.
  - Mas, eu sofri mais por estar longe de você.
  - Eu também, você não imagina o quanto. Achei que poderia simplesmente sumir, sem deixar mais sequelas em sua vida, mas não consegui. Tive que encontrar uma forma de vê-la, pela última vez.
  - Última vez? - agora seu choro, havia se tornado um soluçar descontrolado - Eu quero estar ao seu lado todos os momentos, não importa se eles forem bons ou ruins.
  - Acredite, você não quer.
  - Henrique, eu o amo. Sei que nunca havia dito isso a você, mas eu o amo, desde o primeiro sorriso que você dedicou a mim.
  "Então ele colocou a mão dela sobre a palma da sua própria mão, segurou-a com força e levou as duas mãos ao seu peito, de modo que ela pudesse sentir as batidas de seu coração. O coração dele batia forte. Ela estava olhando diretamente para a sua mão junto a dele, quando levantou o olhar e percebeu que ele a olhava com uma expressão terna e doce. Ela estava com um olhar desolado. Ele a abraçou forte, e quando a soltou, passou a mão pelo seu rosto, e a beijou. Ainda podia sentir o gosto salgado das lágrimas que ela havia derramado."
  - As coisas estavam complicadas para mim. Tenho uma família complicada, uma vida difícil, não queria que você sofresse comigo. Sabe, foi extremamente complicado para mim, ficar longe de você. Não imagina por quantas vezes quis a ter ao meu lado, ter seu abraço. Todas as manhãs sentia falta do seu cheiro, da sua voz, do seu rosto...Queria saber como estava, a fazer rir, cuidar de você. Minha pequena, eu me afastei para o seu bem, e pelo mesmo motivo, é melhor eu continuar distante. Eu não poderia a amar, por isso tantas vezes deixei de ir vê-la, mas era quase impossível não a ver mais, mesmo assim, aos poucos fui tentando me afastar, não totalmente, minha alma continuava com você, e por isso, não fui capaz de ficar longe por muito tempo.
  - Mas Henrique, eu não me importaria de sofrer, e certamente não sofreria, pois estaria contigo, seu amor me daria forças.
  - Sabe que isso não importa, é tudo bem mais difícil. Minha mãe já não está comigo, meu pai está doente, preciso trabalhar e cuidar dele. O mundo é injusto Alice, e também muito egoísta, as pessoas veem que estou sozinho, que preciso de ajuda, mas seguem sua vida como se nada estivesse acontecendo. Muitos apenas sabem aproveitar-se e depois me abandonar.
  - Não sou assim, sabe que vou estar sempre com você.
  - Não falava de você. Siga sua vida, eu enfrento isso sozinho.
  - Henrique, preste atenção: sua situação é complicada, sim, mas existem pessoas sofrendo bem mais, e não falo de mim. Saiba que não pode enfrentar tudo sozinho, e eu estou aqui para te ajudar. O mundo é egoísta sim, mas não generalize, há exceções.
  - Desculpe.
  - Agora, se deseja a felicidade, venha ser feliz comigo.
  - E eu que pensei que seria eu quem cuidaria de você.
  Ele a abraçou, e foi assim que ficaram durante muito tempo. Duas almas já seladas para viverem juntas, agora encontram-se de verdade. Um  conto de pessoas comuns, com problemas tristezas, e alegrias, afinal, a vida não é um conto de fadas, nem uma total comédia romântica, é apenas a vida, mas se desejarmos, podemos fazer dela o que quisermos.

sábado, 1 de outubro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Capítulo IV


  Alguns meses se passaram, já era o fim do inverno. Alice ainda sofria, mas de certa forma havia se conformado. Apenas se conformado. Quando, em uma manhã, alguém sentou-se ao seu lado.
  - Você deve ser Alice, não?
  - Sim, sou eu, por que?
  - O Henrique pediu que eu a entregasse algo. - estendeu a Alice um papel.
  - Obrigada.
  Era um bilhete:

         Minha pequena,
Sei que já faz muito tempo, não deve mais dar importância para tudo que vivemos, mas gostaria de vê-la outra vez, pela última vez. Encontre-me no parque hoje a tarde, estarei lá.
                                                                                                                   Henrique

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Capítulo III


  Os dias foram passando. Dias chuvosos, dias apenas frios, de que importava? Alice estava feliz por passar 15 minutos da sua manhã com aquele garoto incrível. Conversavam sobre tudo, o que haviam feito no dia anterior, o que fariam naquele dia. Conversavam sobre livros, filmes, música. Aos poucos ele foi se tornando um cúmplice para Alice, que contava a ele seus problemas e tristezas, e também suas alegrias, e vitórias. Ele sabia muito sobre ela, e ela, apesar de não notar, quase nada sobre ele. Chamava-se Henrique, era dois anos mais velho que Alice, um garoto que apreciava a liberdade, e criticava a sociedade em que vivia, era lindo, da maneira que Alice o via.
  Henrique não aparecia todos os dias no ponto de ônibus. Alice não sabia o porquê, e também, nunca se deu ao trabalho de perguntar, e nem ele de explicar. Mas, com o tempo, apesar da aproximação cada vez mais intensa dos dois, a frequência com que se encontravam estava cada vez menor. Alice amava ele, sentia sua falta quando ele não aparecia, e não podia suportar esse angústia de não saber o que acontecia. Em uma das conversas dos dois Alice perguntou:
  - O que está acontecendo? Cada vez aparece menos por aqui.
  - Que bom que perguntou, era sobre isso que queria falar.
  - Então...?
  - Daqui há alguns dias não poderei mais vir vê-la.
  - Mas por que?
  - O motivo não importa, só quero que saiba que eu amo você, apesar de nunca ter acontecido algo entre nós além da amizade. Todos os dias, eu acordava e vinha para cá esperar você chegar, conversava com você, e ia embora.
  - E o ônibus? - perguntou ela surpresa.
  - Eu não precisava do ônibus, não tenho compromisso cedo. O motivo por eu vir aqui todos os dias, era somente ver você. Eu a vi em uma manhã, achei incrivelmente diferente, e passei a vir todos os dias, até ter a oportunidade de me aproximar de você. Quando consegui, nossa, não imagina o quanto fiquei feliz, e quanto mais conhecia você, mais me apaixonava, mais a amava.
  - Então por que não virá mais?
  - Não quero que você, minha pequena, preocupe-se com isso. Quero apenas ver a sua felicidade. Então lembre-se que meu coração estará com você para toda sua vida, mesmo que eu não esteja mais ao seu lado.
  - Mas... Eu não quero me afastar de você. - Lágrimas rolavam eu seu rosto.
  - Eu também não, mas não há escolha. - Beijou-lhe a testa – Agora você tem que ir, seu ônibus já esta aí.
  Alice sentia-se desolada. Henrique não ia mais vê-la, e ela sabia que era para sempre. Quis procurá-lo, então deu-se conta de que não sabia nada sobre ele. O que ele fazia, onde morava. Não tinha sequer algum contato, número de telefone, qualquer coisa. Entrou em desespero, precisava dele, queria ele. Tinha que dizer-lhe que o amava, que sempre amou. Perguntou as pessoas que esperavam o ônibus com ela, mas ninguém ao menos sabia da existência dele. Passou a se perguntar se tudo aquilo não foi um sonho, uma mentira, uma ilusão. Os dias perderam a graça, o inverno parecia sem vida. Tudo que passava diante de seus olhos não era visto. Até o calor aconchegante da lareira pareceu já não fazer diferença.  

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Capítulo II


  Esperava ansiosa por um novo encontro, mesmo que não tivesse certeza se ele estaria lá na outra manhã. Mas ela queria que ele estivesse, queria que ele estivesse com ela todas as manhãs dali para frente.  
  Não sabia nada sobre ele, sua idade, seu nome, nem sequer sabia ao certo como era sua aparência, não observou isso. Apenas lembrava do seu sorriso, do seu cheiro que havia ficado nela, mesmo que tivesse usado o casaco por apenas alguns minutos, e da sua companhia, que mesmo em silêncio, foi a melhor, apenas por ele estar ali, e importar-se com ela.
  No dia seguinte, ele não estava lá.   
  E assim foi por alguns dias. Ela tinha a esperança de encontra-lo, sempre vestia-se para ele, preparava diálogos, coisas que julgava interessante comentar, todavia ele não estava lá. Quando já não restavam-lhe motivos para pensar que ele viria, ele apareceu. Ela não pôde conter um sorriso de felicidade quando o viu.
  - Pensei que não fosse mais ver você. - Disse Alice, sem acreditar que havia iniciado a conversa.
  - Pensei que você não sentiria minha falta.
  - Mas senti, não é sempre que alguém preocupa-se comigo, ainda mais sem nem ao menos me conhecer.
  - Ah, eu a conheço.
  - Conhece?
  - Sim, observo você todos os dias. Mas me parece que você está sempre perdida em seus pensamentos, nem deve ter me notado, e eu nunca quis incomoda-la. Entretanto, naquele dia, não pude deixar você tremendo de frio daquela maneira.
  - Obrigada, não imagina o quanto me fez bem.
  - O casaco?
  - Não, a sua companhia.
  E o silêncio pairou no ar, enquanto os dois olhavam nos olhos um do outro. Alice sabia exatamente o que ele sentia, e ela sentia o mesmo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Capítulo I


  Alice era uma garota comum. Não era esplendorosamente bonita, nem exorbitantemente feia, era simplesmente uma garota, e sua própria aparência tão pouco importava para ela. Uma menina com defeitos e qualidades, dias bons e dias ruins, seguranças e inseguranças. Era muito preocupada com seus estudos e com a família, portanto, quase não se relacionava com outras pessoas além de seus amigos mais próximos, que aliás, ela havia escolhido a dedo.
  Era o início do inverno, não que isso fizesse alguma mudança na rotina de Alice, mas ela adorava aquela estação. Sempre dizia que os ares nostálgicos dos dias chuvosos de inverno, e a lareira aconchegante nos dias frios, davam a ela uma sensação maravilhosa. De qualquer forma, ela seguia sua rotina. Acordar, tomar banho, esperar o ônibus, ir para a escola, estudar, voltar da escola, estudar, tocar algumas músicas no violão, e ir dormir. Entretanto, as coisas se transformaram, assim como o outono se transforma em inverno.
  Em uma manhã chuvosa, Alice fez o que sempre fazia antes de ir a escola. Abriu a porta de sua casa para sair e percebeu que ventada muito, voltou para pegar seu cachecol azul, enrolou-o em seu pescoço de forma desajeitada, e saiu correndo para a rua, para evitar que perdesse o ônibus. Havia esquecido o guarda-chuva, quando chegou ao ponto de ônibus estava completamente molhada e tremia de frio. Desejou então, estar em casa naquele momento, em frente a sua lareira. Contudo, foi despertada de seus devaneios com o aconchego, quando sentiu algo caindo sobre seus ombros. Era um casaco. Por um momento ela ficou paralisada, sem entender o que estava acontecendo, quando notou que alguém olhava para ela com um sorriso simpático.                       
  Nunca havia notado a presença daquela pessoa naquele lugar, e, por um momento, se perguntou se todas aquelas pessoas que estavam presentes, estavam ali todos os dias, e simplesmente ela estava perdida demais em seus pensamentos para perceber. Ela sorriu tímida, e tirou sua mochila de cima do banco, como se oferecendo aquele lugar para o garoto. Ele sentou, e os dois em silêncio, simplesmente desfrutaram da companhia um do outro. Durante o resto do dia, Alice sorriu de uma forma diferente.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Prólogo


Ele colocou a mão dela sobre a palma da sua própria mão, segurou-a com força e levou as duas mãos ao seu peito, de modo que ela pudesse sentir as batidas de seu coração. O coração dele batia forte. Ela estava olhando diretamente para a sua mão junto a dele, quando levantou o olhar e percebeu que ele a olhava com uma expressão terna e doce. Ela estava com um olhar desolado. Ele a abraçou forte, e quando a soltou, passou a mão pelo seu rosto, e a beijou. Ainda podia sentir o gosto salgado das lágrimas que ela havia derramado.”

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quer saber uma verdade?

Escrevo tantas coisas aqui. Já tentei protestar sobre vários assuntos, no Tumblr, Twitter, e Blog. Tentei protestar falando diretamente para as pessoas, mostrando a realidade, abrindo seus olhos, argumentando. 
Mas quer saber uma verdade? Fico aqui protestando, sobre coisas que vemos todos os dias nas ruas, em casa, na televisão, na internet, e ignoramos. Quando eu quero, na verdade, estar lá fora lutando realmente, fazendo algo que realmente cause impacto. Mas sou incapaz.
O que eu posso fazer é escrever, e eu escrevo, uso minhas armas. Mas a sociedade é tão hipócrita a ponto de ler, dizer “nossa que horror” e continuar conversando no msn. Quem nunca fez isso?
E o pior, faço parte dessa sociedade. Uma sociedade que tem pena, entretanto não faz nada para mudar o que está acontecendo. Eu só espero, sinceramente, que o que eu escrevi aqui não seja ignorado, mais uma vez.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Açasinamtes do portuguêis

Algo que me deixa extremamente irritada: pessoas que escrevem errado.
Não que eu seja o dicionário Aurélio em pessoa, mas eu tento pelo menos lembrar que antes de "p&b só M eu posso escrever" . Porque né, é tenso ler aquele elogio maravilhoso: "Nossa como vosse esta liMda" Fora os outros errinhos de português da frase.

Outra coisa estressante: Falta de vírgulas.
A criatura escreve assim toda a frase sem nenhuma vírgula ponto ou qualquer identificação do tipo e você tenta ler acompanhando o ritmo que a pessoa escreveu sem parar. Eita, cansei. Algumas vírgulas são importantes. E pontos também são legais, vírgulas demais também deixam a pessoa confusa.

Também tem aqueles seres que insistem em escrever tudo com X. Sinceramente, não imagino quem foi o retardado que inventou isso, mas provavelmente, essa criatura comprimentava as pessoas assim: "Oi miguxO, comu VUXÊ tá? Noxxaaa, quantu tempu."

Lindo de ver, ou ouvir, são as atendentes de telemarketing, que usam dois tempos verbais na mesma frase: "Nós estaremos lhe atendendo para que eu possa estar lhe informando as promoções."

Como eu já disse antes, eu não sou o dicionário Aurélio em pessoa. (na verdade sou um asno no português) Erro coisas como "viajem" e "viagem", parece meio óbvio, mas diz isso pro meu cérebro na hora de digitar. Além de outras coisas, que escrevo errado, e nem sei, quando vejo estão me corrigindo.

Mas enfim, por favor, não açasinem mais o portuguêis.

sábado, 14 de maio de 2011

Mas eu a amo...

  Todos os dias ela passava. Passava com passos apressados, mas não porque estava com pressa, era seu jeito de andar alegremente. Sempre de All Star, calça jeans, e uma camiseta qualquer. Pouco se importava com o cabelo e maquiagem. Cursava Designer, e quase sempre carregava vários papéis enrolados.
  Eu mal a conhecia, foram só alguns “oi” , alguns “tchau” e algumas conversas curtas, entretanto já podia descrever seus hábitos, e as cores que mais gostava. Já sabia que era uma boa pessoa, apenas pelo seu sorriso, e seu olhar. Havia me apaixonado, por aquele jeito excepcional.
  Naquela manhã eu estava, como de costume, sentado na estação de trem bebendo meu café, e, como de costume, ela passou, com seus cabelos esvoaçando ao vento gelado do inverno. Era tão linda. Quando me viu, deu um oi alegre, e um sorriso iluminado, veio ao meu encontro, beijou meu rosto, e me perguntou:
  - Não cansa de esperar o mesmo trem todos os dias?
  - Olha quem falando, você faz a mesma coisa.
  - Eu sei, mas já que não consigo responder a essa pergunta, tento arrancar a resposta de outra pessoa. - Ela sorriu.
  - Como andam os estudos, e a vida?
  - Os estudos, a mesma coisa de sempre, amo o que faço. E a vida, entediante, mas talvez algo mude agora que estou namorando.
  - Namorando? - Fiz inconscientemente aquela expressão surpresa.
  - Sim, namorando. Por que a surpresa?
  - Por nada, por nada.
  Ela se despediu, e foi embora. Fiquei olhando atordoado ela sair apressada. São dois anos, dois anos que admirava aquela menina tão maravilhosa. Não podia acabar assim, conhecia ela melhor do que ninguém. Me levantei, até hoje não sei bem como fiz, quando fiz, mas quando percebi, estava com a mão em seu ombro em frente a porta do trem, e dizendo:
  - Você não pode namorar.
  - Por que? Eu gosto dele.
  - Eu sei, e ele também deve gostar de você.
  - Então, qual o motivo para eu não namorar?
  - Ele gosta de você... Mas eu a amo...
  E foi ali, naquela estação de trem, com o vento batendo em nossos corpos, que ela me olhou, com o olhar mais lindo que já recebi, e disse:
  - Esperei para ouvir isso, todos os dias, desde que nos conhecemos...



quarta-feira, 11 de maio de 2011

E não é que é

As vezes é necessário um violão quebrado, um amor roubado e um tombo levado, para se dar valor as coisas; 
Alguns tapas na cara e ouvir algumas verdades, para se dar conta da realidade;
Perder alguns amores, para se dar conta do que é amar; 
Sofrer algumas decepções, para aprender a perceber quem são os filhos da puta que podem te decepcionar;
Conhecer algumas outras realidades, para ver que a sua não é a pior;
Chorar um pouco, para descobrir quem são os amigos de verdade;

E quase sempre, é necessário chorar, para depois poder sorrir.

Livro, tão bonito
de capa tão tênue
traços tão leves
e cores alegres.

No prefácio, tantas belezas
palavras encantadoras.
E cenários de pureza.

Nas próximas páginas
aumenta a tensão.
A medida que se conhece,
o livro escurece.
                                                                                 
Da beleza, a insensatez.
Da pureza, o egoísmo.
Tantas páginas, tantas faces.
e somente um livro.

O que resta é escolher
entre só admirar a capa
ou arriscar a ler o livro.

(Foto de Gabriel de Souza. Endereço do flickr: http://www.flickr.com/photos/souza_biel/)

terça-feira, 5 de abril de 2011

- Posso fazer uma pergunta?

  Era uma tarde de domingo, eu estava sozinha em casa. Na TV passava o Domingão do Chatão, e não moro perto de nenhuma locadora. Meus amigos tinham ido para a praia. Nessas condições de tédio decidi ir até a praça observar as pessoas.
  O lugar fica a poucas quadras do meu apartamento estilo caixinha de fósforo. Em pouco tempo já estava sentando em um banco em frente às crianças brincando.
  Foi então que um homem se aproximou de mim e perguntou:
  - Boa tarde moça, posso fazer uma pergunta a você?
  Obviamente me assustei com toda essa indecência e curiosidade.
  - Claro que não! Não vou contar nada de mim a você.
  - Mas moça, eu só quero fazer uma pergunta.
  - Que indecência! Ainda insiste na maldita pergunta. Já disse que não vou revelar nenhum segredo íntimo meu a você.
  - Moça, eu só queria saber se você...
  - Eu o que? Não vou contar nada assim sem nem mesmo o conhecer. A que nível chegamos meu Deus?
  - Minha senhora, preste atenção, eu só queria fazer um pedido.
  - Ah, um pedido? Pois a resposta é não meu querido, não vou sair com você!
  - Não, não. Não é isso...
  - Não é isso? Sei muito bem o que é. Você quer me levar para jantar, me embebedar, me levar para o Motel e depois me largar lá sozinha. Conheço bem seu tipo.
  - Moça, você está errada, eu não quero levar você para jantar...
  - Então já quer me levar pra cama logo? Ah, me poupe. Vou ir embora antes que me aborreça mais com tipos como você.
  Já não aguentava mais aquela situação. Levantei do banco, e quando virei as costas, ele disse:
  - Mas eu só queria que você cuidasse do meu cachorro, enquanto compro sorvete...
  - Ah...é....isso? Por que você não disse logo?
  Até hoje não entendi a expressão tão irônica dele quando fiz essa pergunta.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Memória X Computador

  Ultimamente não tenho conseguido lembrar de muitas coisas. Ontem a noite tive uma ideia muito boa para postar no blog, e hoje não consegui lembrar. Realmente, eu deveria ter anotado, pois eu sei que minha memória não é das melhores. Mas poxa vida! Eu estava com sono, eu estava deitada na cama e no quentinho, obviamente não tive a mínima vontade de sair de lá para anotar em algum lugar. Tinha certeza que eu ia lembrar da ideia hoje. Eu não lembrei.
  Inspirada nisso, resolvi fazer um texto sobre o meu fim de semana na casa da minha vó tirando leite das vacas. Certo, é mentira. Continuando...
  Inspirada nisso, criei uma tese: Memória X Computador
  Você pode estar se perguntando "Por que salsicha com pão de chama cachorro quente?" Bom, eu não sei. Entretanto, sei que com o computador, eu parei de prestar atenção nas coisas que faço. Quando sento na frente dessa tela eu faço milhares de coisas ao mesmo tempo (Violão, Skype, Facebook, Twitter, MSN, temas, etc.), e não dou devida atenção a nenhuma delas. Depois disso, se você me perguntar sobre o que conversamos no MSN ontem, eu não vou nem lembrar de ter conversado com você.
   Infelizmente, isso virou costume. Sou completamente desatenta, me esforço ao máximo para prestar atenção no que estou fazendo, mas logo começo a viajar em meus pensamentos, ou alguma outra coisa me chama atenção (principalmente aqueles rabiscos que fazemos na mesa quando estamos entediados).
  Enfim, eu tinha uma conclusão muito boa para esse texto, mas fui pegar um café e esqueci. Então deixa para a próxima. ;*

terça-feira, 22 de março de 2011

Um dia,

 eu quero aprender a tocar baixo e piano. Quero ter lido pelo menos uns 50 livros. Aprendido pelo menos uma música no violino. Conseguido alcançar o tom da Avril Lavigne na música "Alice". Ouvido minha mãe dizer: "Eu tenho orgulho do que você faz."Conseguido me formar em química.
Quero ter participado de algum movimento estudantil, e poder contar aos meus netos que ajudei a formar o mundo que eles vivem hoje.  Ajudado a mudar o mundo nem que seja em 1%. Descobrir a cura para alguma doença.(Duvido '-') Inventar algum produto que ajude a melhorar a humanidade. Realizar meu sonho, e o da minha mãe.
Ter ido pra Londres. Tocar violão em um campo florido. Morar em algum lugar que caia neve, em um xalé. Tomar chocolate quente, em frente a uma lareira. Morado em um lugar com muitas árvores.
Quero provar que muitas coisas que pensaram sobre mim estavam erradas. E isso inclui ser muito má, ou muito boa. Whatever. Ter um video no youtube com mais de 1milhão de visualizações. (quem nunca quis?). Aprender algum solo na guitarra. Ter uma guitarra. Quero fazer curso de tudo que envolva arte, e tudo que envolva música.
Enfim, eu quero ter realizado todas as minhas vontades, sonhos, e desejos mais loucos. Feito coisas bestas, e coisas produtivas. Quero ter sorrido, e chorado quando tive vontade. Amado, e odiado, quando julguei necessário. Quero ter vivido, e chegado ao fim, sem estar arrependia por não ter feito tudo o que quis.

terça-feira, 15 de março de 2011

Vida de borboleta

  Algumas espécies de borboletas vivem apenas 1 mês na fase adulta. Sendo que, a fase adulta é logo depois da metamorfose, ou seja, quando a lagarta se transforma em borboleta. Isso porque, se tornam muito frágeis após a transformação. Elas passam maior parte de sua curta vida comendo folhas, e depois no casulo.
  Elas não podem escolher, mas você, o que escolheria? Viver por mais tempo dentro de um casulo e como lagarta. Ou viver intensamente por um período mais curto?

 Analisando: Você pode viver mais tempo, mas não ser feliz. Assim, como você pode viver por pouco tempo, mas ser intensamente feliz, e aproveitar cada segundo do seu livre voo.

  Mas ambas as partes são relativas. Como assim? Você pode dizer: "Certo, mas e seu eu viver por mais tempo e for mais feliz. E se eu não quiser morrer?" Certo, essa é uma opinião sua. Afinal, o texto é feito para refletir.
Mas veja bem, se você passasse sua vida inteira num casulo, numa monotonia, e tivesse apenas uma chance de mudar aquilo, você aproveitaria?
Nos pegamos em situações como essas na vida as vezes. Em que temos que escolher entre fazer o que queremos e aproveitar a liberdade, ou fazer o que é "certo".

Sabe o que eu digo?
Viva! Viva cada dia intensamente, aproveite cada chance, cada oportunidade, com consciência é claro. Mas faça tudo que você tiver vontade. Ame, por um minuto, um segundo, mas ame! Voe, viaje nos seus sonhos, e pensamentos mais loucos, mas aproveite!

Afinal, se a vida lhe der asas, use elas para voar.

sábado, 12 de março de 2011

Quem é ele?


"Quem é ele?" Eu me pergunto. 
Um homem comum, talvez? 
Talvez alguém que tinha uma família. Uma família com crianças felizes e uma esposa linda. Uma família sem muito dinheiro, mas que vivia tranquila na simplicidade do dia a dia. Ele provavelmente trabalhava o dia inteiro, e voltava para casa, e aquela família, que talvez ele tinha, estava lá o esperando. Assim como sua família faz.  
Todavia, ele não é mais um homem comum. Depois do terremoto, ele não batalha mais para dar comida e casa para aquela família que, supostamente, ele tinha. Agora ele batalha por água limpa, e por alguma refeição qualquer. Algo que nós não damos valor e faz toda a diferença para esse homem, que antes, também era um homem comum. 
Se esse homem, estivesse no seu lugar. No nosso lugar. Eu tenho CERTEZA que ele estaria feliz. Mesmo que tudo o que você tenha, considere pouco.
Agora me diga, então, por que não valorizar um pouco mais o que nós temos?  E vermos o quanto somos premiados por não precisar batalhar por um copo de água potável?

Essa pode não ser realmente a história desse homem. Mas pode ser a história de muitos outros atingidos no terremoto que ocorreu no Haiti. 
Pense nisso: As vezes a nossa felicidade está na nossa frente, só precisamos e uma imagem assim pra nos fazer ver melhor. 


quarta-feira, 9 de março de 2011

Sorria,


pois sorrir é o básico da vida
Um sorriso contagia.
Isso significa que se uma pessoa sorrir, 
outras pessoas irão sorrir.
E se menos pessoas estiverem de mau humor, 
menos pessoas serão demitidas, 
menos pessoas serão humilhadas, 
haverá menos estresse no trânsito, e por aí vai.
Sorria, 
pois um sorriso atrai novas pessoas,
e novas pessoas, podem ser novos amigos,
e "novos amigos" é sinônimo de "felicidade".
Sorria, não pelos outros,
mas por você.
Pois você merece ser mais feliz. 
Você merece ter um dia mais alegre.
Você merece o melhor, e o melhor
é ser feliz!





quarta-feira, 2 de março de 2011

Os ventos de fim de outono


   “Vou lhes contar a história de amor que eu nunca tive,...Escrevia a garota nas páginas que sobraram de seu caderno de campo.
   Costumava escrever sempre que sentia-se só, e agora, estava sentada em um banco de madeira, em frente a rua vazia, esperando seu ônibus. O clima nostálgico dos ventos de outono, as folhas secas que caiam das árvores voando, juntamente com a solidão que estava no ar naquele instante, deram origem, pelas mãos da garota, a uma bela história de amor:
   “... a história de uma garota comum, com sonhos, objetivos, medos e incertezas. Uma garota que todos os dias acordava, tomava seu café, vestia sua roupa, pegava sua mochila, e ia esperar o ônibus no banco da parada. Voltava, estudava um pouco, navegava na internet, e depois ia dormir. Era assim sua vida, desde que havia inciado o ensino médio. Não estava nem feliz, nem triste com isso. Era conformada.
  Os ventos de outono, e as folhas caindo lhe traziam boas lembranças. Lembranças de um tempo em que sua mãe ainda estava presente. Era a estação que mais gostava.
  Estava então, como de costume sentada em um banco envelhecido esperando seu ônibus, olhando para a rua vazia. O Vento gelado tocava seu rosto, estava frio, entretanto, mesmo assim ela adorava aquela sensação. Em sua mente, repassava os mais lindos momentos que tivera com sua mãe, ao mesmo tempo que tentava esquecer. Foi então, que algo surpreendente aconteceu, alguém sentou ao seu lado no banco. Parecia banal, mas não era, isso significava que ela não ficaria mais sozinha todas as manhãs. Ele estava lá. E estaria durante muito tempo.
   - Bom dia. – Disse ele.
   - Bom dia. – Respondeu ela bastante tímida.
   - Sabe, ao contrário de muitas pessoas, eu adoro o outono.
   - Eu também...
   E isso bastou. As palavras ressoaram com um certo eco na imensa solidão da manhã. Não precisava de mais nada, nenhuma palavra, nenhum olhar, algo dizia a ela que ele seria o que mudaria sua vida.
   Passaram-se várias semanas, em que o mesmo diálogo curto e rápido se repetia todos os dias de manhã. Mas isso já bastava para que a menina tivesse um novo motivo para sorrir.
   Logo, ela estava apaixonada por ele, e queria que ele soubesse disso. Insegura, repassava todas as frases prontas e já decoradas, todavia quando via ele, as palavras se perdiam e só conseguia dizer um simples “bom dia”.
   O inverno já estava se aproximando. Os dias cada vez mais frios e solitários. E o amor cada vez mais forte. E seria hoje, hoje que ela contaria. Ele sentou ao lado da garota, e disse o clássico “bom dia”.
   - Bom dia - Respondeu ela sorridente.
   - Helena, tenho algo para te contar, pequena.
   - Eu também, mas fale você primeiro. - Ela olhava diretamente nos olhos dele, com esperança de que saíssem da boca dele, as mesmas palavras que ela tanto queria dizer.
   - Helena, eu sei que pode parecer inacreditável, mas esta noite eu me dei conta de uma coisa, algo que eu já sabia há muito tempo, mas não queria ver. Pequena, eu estou apaixonado.
A pequena e inocente garota, não pode conter um sorriso. Um sorriso imenso de alegria. E disse:
   - Eu também estou...
   - Verdade? Isso é maravilhoso! Assim nós vamos pode sair em um encontro de casais. Eu com minha futura namorada, e você com seu futuro namorado.
   De repente, o chão desapareceu. Todos os pensamentos e lembranças ruins vieram a sua mente. Estava perdida, sem um caminho a seguir. Não havia entendido o que estava acontecendo. Viu o céu escurecer, o chão tremer, e pode ouvir seu coração partir. O longo silêncio que ali ressoou, foi mais agoniante do que as palavras ditas por ele. O ônibus dele enfim chegou, ele se despediu, e novamente, ela estava sozinha. Sentido em seu rosto, os ventos de fim de outono.
   A garota terminou de escrever sua história, apreciou por uns instantes a leve brisa gelada, fechou seu caderno de campo, e guardou suas coisas. Para sua surpresa, sentou alguém ao seu lado.
   - Bom dia. – Disse ele.
   - Bom dia. - Respondeu ela bastante tímida.
   - Sabe, ao contrário de muitas pessoas, eu adoro o outono.
   - Eu também...
   E isso bastou...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Algumas palavras

Ubatuba diz:

- Eu, de tanto tomar, aprendi algumas coisas importantes que podem ser úteis:

"Não deixe um rastro de mágoa pelo caminho;
Se está estranho, diga sem rodeios;
Se não quer, pense porque, então, quando tiver as palavras certas despeje na pessoa;
E ame, por um minuto, um dia, uma vez, ame muito."




Palavras do meu amigo Ubatuba. Não, eu não as roubei, apenas peguei emprestado sem garantia de devolução (:
Realmente, belas palavras, obrigada Ubatuba.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

É fácil julgar, não é?

É extremamente simples você olhar para alguém e dizer tudo o que ela é em todos os detalhes, como ela age, e que atitudes vai tomar. Palmas para você, eu realmente te admiro Sr. Dono da Verdade, posso te chamar assim?
Mas agora, eu duvido você ir até a pessoa sobre quem você "sabe" todos os detalhes, e perguntar a ela porque ela age dessa forma. Perguntar qual a sua história, quais são os seus motivos. E talvez, perceber que você estava errado, o que provavelmente acontecerá.

Como eu sempre digo: Nunca julgue as atitudes de uma pessoa, sem saber o motivo daquela atitude.

O ser humano tem essa triste mania, todos têm, tenho certeza. Mas alguns são extremamente exagerados, e tem que se controlar. Afinal, além de deixar de conhecer pessoas maravilhosas por causa desse preconceito, vão acabar ficando sozinhos.

É simples a fórmula, é só inverter o que você fazia antes (julgar antes de conhecer). Ou, quando for a sua vez, vai se arrepender muito de ter passado a vida fazendo o mesmo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E então vem a pergunta:

- Por que tudo junto se escreve separado, e separado se escreve tudo junto?

Mas para toda a pergunta, há uma resposta:

- Porque se todas as coisas fossem como deveriam ser, o mundo não teria graça. 


Concorda?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Postagem de fim de férias

Oi (:
Faz tempo que não posto nada, minha mente está totalmente bloqueada. Logo penso em algo decente. Mas enquanto isso escrevo bobagens. E eu não vou ficar brava se vocês marcarem "idiota" nas reações ali em baixo. :D
A verdade é que ando tão empolgada com o violão, e em compor, que acabei esquecendo que tinha um blog. (Podem me bater, eu deixo u.u)
E infelizmente, minhas férias estão acabando, como o título já sugere, ou seja, vou ficar meio sem tempo para escrever. Fora que eu ainda tenho que ensaiar, fazer minhas aulas de violão e trabalhar. Mas prometo que vou tentar continuar postando.
Ah, e agora vou tentar postar uns videos no meu canal no youtube quando der, o link é esse: bhrendaribeiro. Mas, se você não estiver nenhum pouco afim de ficar me procurando no youtube, os videos também vão estar na barra lateral esquerda do blog. (ali, bem em cima) Gostaria que assistissem, não que meu videos sejam grande coisa, masné :D

É isso.
Bom fim de férias pra vocês. (pra quem ainda não tem aula)
e beijos da bhe *-*

sábado, 12 de fevereiro de 2011


   Se você passar a sua vida inteira se preocupando com o que os outros vão pensar, com o que a sociedade vai aceitar, desculpe, mas você não vai viver.
  Porque viver, não é somente nascer, crescer, morrer, e respirar nesse meio tempo. Viver é ser feliz, e fazer todas as coisas que se tem vontade, seguir os seus sonhos, amar, chorar, enlouquecer. Mas muitas vezes os "padrões" citados na imagem, não consideram a sua felicidade ideal. Só que é nessas horas que temos que dizer:
- Foda-se! Porque padrões são para os fracos.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Eu não acredito em azar

Mas também, nunca disse que não acreditava em sorte.

Cada um de nós tem algum tipo de superstição. É uma coisa bem engraçada até, você ouvir alguém dizer:
- Poutz! Não passa embaixo da escada!
Eu não sei se é verdade, mas se for, eu estou fodida. Pois pra chegar ao meu quintal tem que passar embaixo de uma escada, levando em conta que tenho 15 anos, e passo praticamente todo dia por lá, bom melhor nem comentar. Mas na verdade, é como eu disse, nunca acreditei que as coisas pudessem me dar azar. Entretanto, acredito que algumas coisa me dão sorte, como a minha 'palheta da sorte.'
Minha teoria é que você sofre o que você quer sofrer. Por exemplo:
Você acorda,  veste a roupa ao contrário, e pensa: "Nossa, a tia da minha tataravó disse que isso dá azar." E então você relaciona todas as coisas do seu cotidiano com aquilo, quando na verdade, aquela chuva de verão que estragou seu dia já estava prevista há muito tempo.
Assim também funciona a sorte. Então faz sentido você acreditar apenas na sorte, e não no azar não é? Se todos os dias eu acordar, colocar a palheta no pescoço, e relacionar todas as coisas boas à ela, no final do dia só vou ter coisas boas. É como ver o lado bom de tudo. Só que, algumas pessoas, como eu, tem problemas em fazer isso, e colocam a culpa no seu objeto da sorte.
Tecnicamente, tudo o que eu disse não faz sentido nenhum, e você acaba de perder 5 minutos da sua vida lendo isso, obrigada por ler. Mas se algum de vocês, meus queridos leitores, acharam que esse texto faz sentido, me desculpem, mas vocês estão tão loucos quanto eu.

Postagem 40 já, nossa, obrigada por ler mais um texto meu,
e beijos da bhe :D

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quando o dia está uma merda

  No dia anterior seus pais dizem que você não vai poder ir no programa que você tinha marcado faz uma semana, pra você ir com eles em um programa em família. Você se revolta, briga, até que consegue, e pensa: - Poxa, eu dei 'sorte'.
Outro dia, seus pais acordam você de uma maneira bem sutil: Desligam o ventilador, e esperam você começar a suar loucamente até resolver te chamar. Eles dizem que vão sair, e que você vai ficar sozinho em casa:
 - Faça alguma coisa pra comer, tome um banho, e aqui está o dinheiro da passagem.
  Mas, resolve desabar o mundo justo no dia do seu tão esperado programa. Incrível! A semana toda estava um sol maravilhoso, e HOJE resolve chover. Mas você não vai desistir, não é uma chuva que vai te derrubar.
 Ainda é cedo, liga o computador, vai jogar. Depois toma um banho vai se arrumar. Antes de sair (15 minutos) lembra que não almoçou ainda, e que está com fome. Pega a primeira comida que vê na geladeira, come, rápido e sai.
 Esperando o ônibus, uns 10 minutos antes do horário, você vê que sujou sua calça, e que não tem como esconder aquela mancha ridícula. Corre em casa, troca de roupa, e volta pra esperar o ônibus, que para sua 'sorte' não perdeu. Ah, e além disso, tinha parado a chuva, e agora estava começando a abrir o tempo. A sua 'sorte' estava mudando.
  Você chegou bem a tempo, mas nenhuma das pessoas com quem você marcou estava lá. Resolve ligar, mas o celular não está com você. Provavelmente esqueceu quando foi trocar de calça em casa.
  E agora? Bom, agora você vai dar umas voltas pelo shopping ver se encontra alguém. E encontra! Encontrou seu amigo de infância, e os amigos dele gravando um video para seu canal online. Pra sua surpresa você também é a salvação deles. Acaba fazendo parte de um video muito louco. Fazendo novas amizades, e comendo esfirras. 

  Bom, e é por isso que eu digo: Quando dia está uma merda, você sempre pode acabar em um video.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Teoria da Manipulação


Faz bastante tempo que não assisto televisão. Eu realmente não gosto. As vezes vejo um seriado ali, uma minissérie aqui, mas nada muito além disso.
Fora que, tenho a convicção de que somos manipulados, principalmente pela Rede Globo. Talvez os mais espertos não, mas eles tentam.
Antes que vocês me perguntem: -Não, eu não bebi
(É bem provável que seja a cafeína fazendo efeito, mas eu não bebi)
Mas então, não concordam que a Globo está o tempo todo enfiando baboseiras por nossa garganta? Notícias pela metade é o que mais se vê. Nos mostram uma parte, e não nos mostram o resto. Eles fazem a nossa visão sobre aquilo. Nós só entendemos o que eles querem. É uma realidade isso.
Principalmente quando o assunto é política, governo, ações policiais. Não sabemos de quase nada, e não somos nenhum pouco incentivados a pesquisar. E qual é o resultado disso? Bom, vocês sabem quem está no comando agora, mas não sabem o que ela está fazendo, ou o que não está fazendo nesse caso.
As vezes eu acho, que isso é uma estratégia de "Batalha Naval" (ounão), analisem: Se não soubermos o que está acontecendo no Governo, nunca vamos ter uma opinião correta sobre o que será melhor. Então o primeiro que nos enfiar propostas boas garganta abaixo, vai ser abraçado e beijado. Entendem?
De qualquer forma, é só uma teoria.
Ou talvez, só o efeito da cafeína mesmo.
Mas é uma boa ideia começarmos a suspeitar do que é apresentado para nós, questionar se aquilo é verdade é sempre bom. O que não podemos é nos tornarmos alienados, ou loucos como eu.

Postagens relacionadas: 
- Alienação
- Onde está a competência?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os dias passam,

e a gente cresce. A Terra dá uma volta completa em torno do Sol, e nós ainda não conseguimos fazer tudo que desejávamos. Em 365 dias, ou 366 em anos bissextos, não conseguimos realizar nosso sonhos, e vontades mais loucas. E a Terra, cumpriu seu papel.
 Dizemos que o ano passou rápido. Não, o ano teve a mesma quantidade de dias, de semanas, de meses. Teve as quatro estações completas. Foi você que deixou passar. Você que se preocupou com tantas coisas, e não aproveitou. Ou não se preocupou com nada, e esperou o dia passar sentado no sofá.
 Quando você menos espera, olha pra trás, e começa a admirar seus passos, ou se arrepender deles. Só então, se dá conta do caminho longo que percorreu, do tempo que perdeu, das coisas que não fez.
 Não sei se é uma verdade universal, mas mesmo com as exceções, ainda é uma verdade. Temos que aproveitar cada momento, mas na medida certa, sem exagero. O dia que passou não volta mais, as chances que você teve um dia não voltam mais. Coisas que você fazia aos 12, não faz aos 16. Devemos aproveitar todas as chances, todas as oportunidades, podem ser as únicas. Não temos o poder de voltar o tempo, e zelo para que nunca tenhamos. Os erros, os acertos, são parte da vida, e isso não pode mudar.
 Então aproveite, cada segundo, cada minuto, cada hora, cada dia. Pois eles nunca mais vão se repetir. Erre, e depois concerte. Acerte, e depois se orgulhe. Faça coisas, e se arrependa, ou não. Mas faça! Antes que passe seu tempo, antes que seja tarde demais, antes que você olhe para trás, e veja o tempo que perdeu.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Prometo parar de prometer.

No início do ano, nós temos a mania de fazer promessas.
O problema é que desistimos/esquecemos delas antes da metade do ano. A ponto de nem lembrar no outro ano, e acabar dizendo que vai fazer a mesma coisa.
Então, para evitar que vocês façam isso, fiz uma lista de coisas que nunca terminamos:

1. Agenda
Alguém já terminou uma agenda? Eu nunca consegui ficar organizada até o final do ano. Os últimos 5 meses sempre ficam vazios. Poxa, quem vai ter tempo de anotar datas? Melhor é chegar na hora sem saber da prova/trabalho/encontro mesmo.
2. Gavetas
Quem nunca disse que ia manter as gavetas organizadas no próximo ano? IMPOSSÍVEL. Não dá, não tem como, é contra as leis da física. Ainda mais quando chegamos cansados pra cac#@* e temos aquelas coisas que não sabemos onde colocar. Ah, e um conselho: Depois de dois anos sem arruma-las, não tente mais arrumar, pode perder mais dois anos fazendo isso.
3. Estudar
Eu não sei vocês, mas eu não consigo. Sempre acabo tendo que me matar no fim do ano pra passar. Mas não estudo no início do ano.
4. Computador
"Esse ano, vou sair do computador antes da 5h da madrugada, pra poder dormir mais" Não adianta, o vício não deixa. Você vai continuar vivendo sua vidinha online de madrugada. Fazer o que.

Acho que esses quatro itens já resumem o que eu quero dizer.
 E esse ano prometo que vou parar de escrever bobagens.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

#1anodeblog õ/

Então, na verdade meu blog completou um ano dia 23 desse mês. Foi quando postei meu primeiro texto, há um ano atrás.
OOWWN *-* parece que foi ontem.
-ok, parei.

Mas de qualquer forma, acho que o blog merece uma postagem decente. Afinal, um ano não é pra qualquer um. Tudo bem que essa bosta só começou a prestar agora ._. masné, a gente supera.

"Na verdade, eu não sei bem o que escrever
Como sempre, só vou juntando as palavras
tentando formar alguns versos bonitos
algumas frases sem sentido
e ao lado da minha xícara de café
escutando meu bom e velho rock
apenas escrevo.
Escrevo porque faz bem pra minha alma
pois é assim que consigo me expressar
é assim que as pessoas me entendem
E mesmo sendo bobagem, eu continuo escrevendo
e formo a incrível mistura
Rock n' Roll, café preto, e algumas bobagens."

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amor, e um pouco de gramática.

Fico rabiscando, alguns desenhos, palavras. Coisas sem sentido algum. Tentando traduzir um sentimento indescritível. É como dar características ao abstrato, e quanto mais fazemos parte daquilo, menos entendemos.
É um completo paradoxo.
Um livro sem fim de palavras que se completam. Que para nenhum técnico faria sentido, até que amassem.

As vezes dói, as vezes faz chorar. Mas não queremos deixar de sentir. A resposta parece tão óbvia, mas não vemos, ou não queremos ver. Parece mais fácil sofrer, a deixar de amar.
Nos perguntamos se vale a pena. Todos dizem que não. Você sabe que não. Mas não quer acreditar que aquela seja a única saída.


Não faz sentido
- Amar é quase masoquismo! - diriam os mais radicais.
Mas eles também amam, nós amamos. Cada um com seu amor, com sua dor. Cada um sabe o amor que sente, e cada um pensou em alguém quando leu esse texto.
Somos humanos, e, irracionais ou não, queremos amar. Não importa quem seja (mãe, pai, gato, namorado, moto), queremos amar.
Alguns, um pouco mais egoístas, dizem "não". Acham mais fácil amar a si mesmo. Espertos talvez, ou apenas com medo.

Escrevo centenas de palavras. Risco. Escrevo tudo outra vez. Mas não consigo fugir da antítese, do paradoxo. Maldito amor, maldita gramática.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vamos fugir?

Vamos sair daqui.
Esta noite, apenas esta noite.
Meus pais não estão em casa, foram viajar.
Só temos uma chance
Só temos uma noite.

Vamos fugir?
Você faria isso por mim?
Largaria tudo o que tem
Pra tentar ser feliz em outro lugar?

Vou pegar algumas roupas,
 não precisa muita coisa
Vamos roubar um carro,
Dirigir a 160 na estrada.
Ir morar em uma barraca na beira do mar

Você faria isso por mim?
Largaria tudo o que tem
Pra tentar ser feliz em outro lugar?

Vamos embora, vamos
Não aguento mais me sentir sufocada
Não aguento mais esse sentimento
Quero ter você.

Pegue suas coisas,
pegue algum dinheiro
pegue o que resta da sua felicidade
E vamos logo porque a noite está acabando.
É a nossa única chance de tentar ser feliz.

por: Bhrenda Ribeiro

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Já sentiu uma súbita vontade de assassinar alguém?

 MUHAHA *-*
Nossa, isso as vezes me consome.
Óbvio que não estou falando literalmente né, mas bem que seria divertido MUHAHA *-*
- ok, parei
Eu nem sei porque estou escrevendo isso. Mas é que de repente a raiva me consumiu, e estou ouvindo uma música horrível. Quando estou nesse estado de raiva, tenho três fases:
1. - Minha vida é uma droga, eu odeio todo mundo, por que nada dá certo? *chora loucamente*
2. - Ah, vai se foder todo mundo. Vou fugir de casa, ir morar em Las Vegas e ter filhos com um cara desconhecido. Vou roubar muitos bancos e cometer vários assassinatos.
3. - Eu supero isso, dou um jeito. O mundo não vai acabar. Mããe, me abraça?! ):

Provavelmente, se você estivesse perto, ia me dar um tapa e mandar eu me controlar :D
Agora que a raiva passou, só quero ouvir um pouco de Pitty. E para passar melhor a raiva, ouvir "memórias". Nossa, essa música arrepia.
Depois de escrever várias bobagens, até que me sinto melhor (:
Mas ainda quero matar alguém, voluntários? *-* HDSUHDUSHD