sexta-feira, 12 de julho de 2013

Somos quem achamos que sabemos ser

Nem sempre as decisões parecem certas, e os meios os mais corretos. Quando há menos de duas horas eu tinha certeza, agora já não tenho mais. Se um dia soube o que queria ser quando crescer, hoje já nem penso mais. Sou a metamorfose ambulante que Raul Seixas preferia ser. Sou o ser com pensamento browniano. Sou um ser humano, conhecido também como Homo Sapiens.
Somos seres pensantes, e teoricamente, nossa razão predomina nossos instintos. Somos seres com a capacidade de amar e de sentir afeto, entretanto talvez não sejamos os únicos seres a pensar. E qual a consequência disso? Pensarmos! Alguns mais, outros menos, mas pensarmos! Há quem diga que quem pergunta demais ouve o que não quer, todavia é certo concordarmos com tudo que nos dizem? Sou a favor do pensamento antes da leitura, pois leitura automatizada é apenas mais um número para uma prateleira de livros lidos. Além disso, vale lembrar que a ditadura já acabou, e que a censura (apesar de ainda existir) já não nos impede de expressarmos nossas opiniões. Contudo, não é isso que quero discutir. Na verdade, já nem lembro mais sobre o que ia escrever.
Me perco em algo que chamo as vezes de vazio, as vezes de poço sem fundo. Sofro de uma problema chamado de linha de raciocínio inconstante, algo comum entre seres pensantes. Se por muito quero fazer engenharia, logo após, quero fotografia, e por aí vai. Por alguns momentos sei o que é melhor para mim, mas logo concluo que nunca serei melhor que minha mãe em decidir isso. E quem de nós sabe? Quem de nós possuí total certeza? A vida  nem sempre nos deixa tomar o rumo que planejamos, e se sim, faz com que demos várias voltas antes de chegar lá. E talvez, a reposta sejam as perguntas, afinal, são as elas que movem o mundo, e consequentemente nos movem.
Não existem homens completamente sábios, nem os que leram todos os livros do mundo conhecem a vida por inteiro, sempre haverão dúvidas, e na minha condição de adolescente, dou importância demais há elas. Talvez um dia eu compreenda que não devemos levar tanto em consideração o que está para acontecer, que os planejamentos devem ser feitos apenas para o dia seguinte, porque se nem os meteorologistas acertam a previsão do tempo do fim de semana, não será você o profeta de sua própria vida.
E então, eu sou apenas mais um. Um número, uma estatística. Mais um sofredor das consequências impostas pela minha natureza humana. Sou alguém que escreve tentando organizar seus pensamentos no papel, e no entanto, conclui o texto com mais dúvidas do que começou. E como já dizia Renato Russo, será que é tudo isso em vão?





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