sábado, 1 de outubro de 2011

Um conto de pessoas comuns - Capítulo IV


  Alguns meses se passaram, já era o fim do inverno. Alice ainda sofria, mas de certa forma havia se conformado. Apenas se conformado. Quando, em uma manhã, alguém sentou-se ao seu lado.
  - Você deve ser Alice, não?
  - Sim, sou eu, por que?
  - O Henrique pediu que eu a entregasse algo. - estendeu a Alice um papel.
  - Obrigada.
  Era um bilhete:

         Minha pequena,
Sei que já faz muito tempo, não deve mais dar importância para tudo que vivemos, mas gostaria de vê-la outra vez, pela última vez. Encontre-me no parque hoje a tarde, estarei lá.
                                                                                                                   Henrique

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