quinta-feira, 19 de maio de 2011

Açasinamtes do portuguêis

Algo que me deixa extremamente irritada: pessoas que escrevem errado.
Não que eu seja o dicionário Aurélio em pessoa, mas eu tento pelo menos lembrar que antes de "p&b só M eu posso escrever" . Porque né, é tenso ler aquele elogio maravilhoso: "Nossa como vosse esta liMda" Fora os outros errinhos de português da frase.

Outra coisa estressante: Falta de vírgulas.
A criatura escreve assim toda a frase sem nenhuma vírgula ponto ou qualquer identificação do tipo e você tenta ler acompanhando o ritmo que a pessoa escreveu sem parar. Eita, cansei. Algumas vírgulas são importantes. E pontos também são legais, vírgulas demais também deixam a pessoa confusa.

Também tem aqueles seres que insistem em escrever tudo com X. Sinceramente, não imagino quem foi o retardado que inventou isso, mas provavelmente, essa criatura comprimentava as pessoas assim: "Oi miguxO, comu VUXÊ tá? Noxxaaa, quantu tempu."

Lindo de ver, ou ouvir, são as atendentes de telemarketing, que usam dois tempos verbais na mesma frase: "Nós estaremos lhe atendendo para que eu possa estar lhe informando as promoções."

Como eu já disse antes, eu não sou o dicionário Aurélio em pessoa. (na verdade sou um asno no português) Erro coisas como "viajem" e "viagem", parece meio óbvio, mas diz isso pro meu cérebro na hora de digitar. Além de outras coisas, que escrevo errado, e nem sei, quando vejo estão me corrigindo.

Mas enfim, por favor, não açasinem mais o portuguêis.

sábado, 14 de maio de 2011

Mas eu a amo...

  Todos os dias ela passava. Passava com passos apressados, mas não porque estava com pressa, era seu jeito de andar alegremente. Sempre de All Star, calça jeans, e uma camiseta qualquer. Pouco se importava com o cabelo e maquiagem. Cursava Designer, e quase sempre carregava vários papéis enrolados.
  Eu mal a conhecia, foram só alguns “oi” , alguns “tchau” e algumas conversas curtas, entretanto já podia descrever seus hábitos, e as cores que mais gostava. Já sabia que era uma boa pessoa, apenas pelo seu sorriso, e seu olhar. Havia me apaixonado, por aquele jeito excepcional.
  Naquela manhã eu estava, como de costume, sentado na estação de trem bebendo meu café, e, como de costume, ela passou, com seus cabelos esvoaçando ao vento gelado do inverno. Era tão linda. Quando me viu, deu um oi alegre, e um sorriso iluminado, veio ao meu encontro, beijou meu rosto, e me perguntou:
  - Não cansa de esperar o mesmo trem todos os dias?
  - Olha quem falando, você faz a mesma coisa.
  - Eu sei, mas já que não consigo responder a essa pergunta, tento arrancar a resposta de outra pessoa. - Ela sorriu.
  - Como andam os estudos, e a vida?
  - Os estudos, a mesma coisa de sempre, amo o que faço. E a vida, entediante, mas talvez algo mude agora que estou namorando.
  - Namorando? - Fiz inconscientemente aquela expressão surpresa.
  - Sim, namorando. Por que a surpresa?
  - Por nada, por nada.
  Ela se despediu, e foi embora. Fiquei olhando atordoado ela sair apressada. São dois anos, dois anos que admirava aquela menina tão maravilhosa. Não podia acabar assim, conhecia ela melhor do que ninguém. Me levantei, até hoje não sei bem como fiz, quando fiz, mas quando percebi, estava com a mão em seu ombro em frente a porta do trem, e dizendo:
  - Você não pode namorar.
  - Por que? Eu gosto dele.
  - Eu sei, e ele também deve gostar de você.
  - Então, qual o motivo para eu não namorar?
  - Ele gosta de você... Mas eu a amo...
  E foi ali, naquela estação de trem, com o vento batendo em nossos corpos, que ela me olhou, com o olhar mais lindo que já recebi, e disse:
  - Esperei para ouvir isso, todos os dias, desde que nos conhecemos...



quarta-feira, 11 de maio de 2011

E não é que é

As vezes é necessário um violão quebrado, um amor roubado e um tombo levado, para se dar valor as coisas; 
Alguns tapas na cara e ouvir algumas verdades, para se dar conta da realidade;
Perder alguns amores, para se dar conta do que é amar; 
Sofrer algumas decepções, para aprender a perceber quem são os filhos da puta que podem te decepcionar;
Conhecer algumas outras realidades, para ver que a sua não é a pior;
Chorar um pouco, para descobrir quem são os amigos de verdade;

E quase sempre, é necessário chorar, para depois poder sorrir.

Livro, tão bonito
de capa tão tênue
traços tão leves
e cores alegres.

No prefácio, tantas belezas
palavras encantadoras.
E cenários de pureza.

Nas próximas páginas
aumenta a tensão.
A medida que se conhece,
o livro escurece.
                                                                                 
Da beleza, a insensatez.
Da pureza, o egoísmo.
Tantas páginas, tantas faces.
e somente um livro.

O que resta é escolher
entre só admirar a capa
ou arriscar a ler o livro.

(Foto de Gabriel de Souza. Endereço do flickr: http://www.flickr.com/photos/souza_biel/)