quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Da série "Eu não assisto BBB": Falar mal também dá ibope.

  Nos últimos dias, o assunto principal de várias conversas, ou percursor para iniciar algumas, tem sido o BBB. A partir daí, você pode esperar todo o tipo de comentário, desde o clássico "Você viu quem saiu da casa ontem?" até o "Eu não acredito que eles ainda não pararam de produzir aquele programa." Como de costume, virou assunto no facebook. E o irônico é que, há sempre aquelas pessoas que postam coisas como "Não quero ver postagens sobre BBB esse ano na minha timeline, compartilhe se você também não." Certo, meu bem, mas isso não é uma postagem sobre BBB? Vejo uma certa incoerência aí, hein.
  De qualquer forma, quero que saibam: Eles não ligam se você não assiste a porcaria do programa deles. É claro que ibope é essencial para esse tipo de programação, mas ter BBB nos Topic Trends já é mais do que suficiente para eles. E vocês sabem, quem usa o Twitter principalmente, que os TT's não diferenciam o tipo de comentário (bom ou mau), ambos estão ali. A questão é, falar mal também da ibope. O caso da Rebecca Black representa muito bem isso (sei que é um assunto velho, mas vamos ao argumento em questão), a garota não canta bulhufas, a música dela é um lixo, e todos nós concordamos nisso, mas ela ficou famosa pela sua exorbitante reprovação no YouTube. Fora que, hipocritamente, aqueles que falam mal de BBB, também o assistem, se não, não teriam o que falar, não?
  A minha opinião sobre BBB sempre foi clara: Eu não gosto e não assisto, e sempre preferi não manisfestá-la pelos motivos citados acima. Porém, ontem conheci um senhor, que para variar não lembro o nome, excepcionalmente inteligente e com a memória pelo menos umas três vezes melhor que a de qualquer um que virá a ler esse texto. Ele se mostrou tão indignado por ser obrigado a assistir o tal do programa, por eles enfiarem algo completamente sem cultura ao invés de uma programação que trouxesse conteúdo aos expectadores, que eu pensei: Poxa, ele tem razão, eu penso da mesma forma que ele. Quem está errada sou eu em não me manifestar.
  Então, aí está a minha manifestação indo contra as minhas ideias, e me tornando de certa forma hipócrita. Dediquei um texto do meu blog para falar do assunto que tanto repugno: BBB, para pedir humildemente que deixem esse assunto de lado. Se você não gosta de BBB, não critique quem gosta, a não ser que tenha uma argumentação elaborada. Aprenda a simples frase: "Falar mal também dá ibope". E leve isso consigo. Um dia, aqueles que ainda assistem, também vão enjoar, também vão perceber que o programa não emite cultura alguma, e que é apenas mais um meio de manipulação da globo. O melhor que você pode fazer é mostrar de forma clara, sem o desespero de converter a pessoa a uma anti-BBB, tudo o que o BBB realmente é, tudo o que eles fazem com as pessoas que assistem e com as que estão dentro da Casa. Pronto. Não precisa discutir, nem xingar, nem mandar os outros compartilharem coisinhas no facebook, nada. Quer fazer algo útil? Não tente converter o mundo, comece mudando as pessoas ao seu redor, é mais eficiente.
  E por fim, desligue a TV e vá ler um livro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Será que somos felizes?

  Somos felizes por comprar nossa TV de cinquenta polegadas, assinar TV via satélite e poder olhar nosso seriado favorito comendo brigadeiro? Somos felizes por tirar notas boas ou conseguir uma promoção no emprego? Somos felizes por comprar o carro do ano, ter uma piscina e ir para a praia nas férias? Não sei. Não tenho metade disso. Como teria, se nem 18 anos eu tenho?
  Seria eu feliz com meus 18 anos feitos? Com a possibilidade de fazer uma carteira, poder comprar bebida (sabemos que isso já era possível, mas, digamos "legalmente") e sair de casa sendo responsável por mim mesma? Não sei. Me diga você com seus 18 anos aí, alguma coisa mudou? É só mais uma idade, sabemos disso. E eu nem gosto de fazer aniversário.
  Felizes mesmo, éramos quando não precisávamos de todas essas coisas para nos satisfazer, quando um simples galho em forma de "arminha" fazia toda uma brincadeira. Quando acabavam os programas chatos da manhã, e começavam nossos desenhos favoritos. Ah, aqueles desenhos que nenhuma criança de agora vai saber como era. A nossa felicidade estava em não ligar para as coisas, porque não éramos pressionados por nada e por ninguém. A única coisa que cobravam de nós (e viva o machismo - que fique clara a ironia) é que as meninas usassem rosa e brincassem de boneca, e os meninos usassem azul e brincassem de carrinho.    Hoje não. Hoje temos que ter um carro, casa, emprego, estar na moda, ter filhos, ser bem comportado, politicamente correto, e afins. Mas que bosta? Isso não me faz feliz. A sociedade que se foda.
  Você é feliz? Sei lá cara. Se todas essas coisas o satisfazem, então aproveite. Entretanto, se você é como eu, e não vê sentido algum em todas essas futilidades, passe a não ligar para tudo que cobram de você, e encontre a sua felicidade. Num pôr-do-sol com os amigos, ou nas notas de um violão tocadas num dia chuvoso. Nas folhas das árvores caindo no outono, ou no vento gelado de inverno. Não importa. Na verdade, tudo o que eu disse não é um texto de auto-ajuda, ele também não importa. Just be happy.