segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inspiração musical do dia

    Faz tempo que não posto nada, mas como queria divulgar uma coisa legal a vocês, voltei para fazer uma pequena postagem.
    Pois bem, a inspiração musical de hoje é a Banda Améllian, de alguns amigos meus. Eles tem um som bem diferente, algo bem composto, com um arranjo muito bem feito. Além de me lembrar agridoce, o que me fez gostar muito da banda foi a inspiração do nome deles, que vem do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Etc e tal, vamos ao que interessa:
 Améllian - Look Out The Window


Aproveitem!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Soneto Anti-Parnasiano

A noite acalma minha mente
Ouço apenas minha respiração
De quando em vez, seu silêncio se rompe
Ignoro, há galhos balançando lá fora

E quem sou eu?
Tão pequena em uma imensa escuridão
Meus pensamentos são insignificantes
Sem uso até para mim

Daria o meu, pelo seu calor
Seu abraço terno me protegendo
Fazendo-me esquecer tudo que me aflige

E quem somos nós?
Se não, a razão de viver
Somos um, somos nosso amor.




sexta-feira, 12 de julho de 2013

Somos quem achamos que sabemos ser

Nem sempre as decisões parecem certas, e os meios os mais corretos. Quando há menos de duas horas eu tinha certeza, agora já não tenho mais. Se um dia soube o que queria ser quando crescer, hoje já nem penso mais. Sou a metamorfose ambulante que Raul Seixas preferia ser. Sou o ser com pensamento browniano. Sou um ser humano, conhecido também como Homo Sapiens.
Somos seres pensantes, e teoricamente, nossa razão predomina nossos instintos. Somos seres com a capacidade de amar e de sentir afeto, entretanto talvez não sejamos os únicos seres a pensar. E qual a consequência disso? Pensarmos! Alguns mais, outros menos, mas pensarmos! Há quem diga que quem pergunta demais ouve o que não quer, todavia é certo concordarmos com tudo que nos dizem? Sou a favor do pensamento antes da leitura, pois leitura automatizada é apenas mais um número para uma prateleira de livros lidos. Além disso, vale lembrar que a ditadura já acabou, e que a censura (apesar de ainda existir) já não nos impede de expressarmos nossas opiniões. Contudo, não é isso que quero discutir. Na verdade, já nem lembro mais sobre o que ia escrever.
Me perco em algo que chamo as vezes de vazio, as vezes de poço sem fundo. Sofro de uma problema chamado de linha de raciocínio inconstante, algo comum entre seres pensantes. Se por muito quero fazer engenharia, logo após, quero fotografia, e por aí vai. Por alguns momentos sei o que é melhor para mim, mas logo concluo que nunca serei melhor que minha mãe em decidir isso. E quem de nós sabe? Quem de nós possuí total certeza? A vida  nem sempre nos deixa tomar o rumo que planejamos, e se sim, faz com que demos várias voltas antes de chegar lá. E talvez, a reposta sejam as perguntas, afinal, são as elas que movem o mundo, e consequentemente nos movem.
Não existem homens completamente sábios, nem os que leram todos os livros do mundo conhecem a vida por inteiro, sempre haverão dúvidas, e na minha condição de adolescente, dou importância demais há elas. Talvez um dia eu compreenda que não devemos levar tanto em consideração o que está para acontecer, que os planejamentos devem ser feitos apenas para o dia seguinte, porque se nem os meteorologistas acertam a previsão do tempo do fim de semana, não será você o profeta de sua própria vida.
E então, eu sou apenas mais um. Um número, uma estatística. Mais um sofredor das consequências impostas pela minha natureza humana. Sou alguém que escreve tentando organizar seus pensamentos no papel, e no entanto, conclui o texto com mais dúvidas do que começou. E como já dizia Renato Russo, será que é tudo isso em vão?





quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tipos de Calor

Era um dia típico de janeiro aqui no Rio Grande do Sul: insuportavelmente quente. Mais ou menos quarenta graus à sombra, e eu no meu apartamento minúsculo, na frente do meu ventilador, ouvindo aquele constante “nhec-nhec”. Uma sinfonia que deveria receber o prêmio por ser a mais irritante da história. E meu ar-condicionado... Ah é, eu não tenho um.
Finalmente eu tive a brilhante ideia de ir para o shopping, lá a temperatura é sempre agradável, e ainda poderia ir no cinema ver o filme que eu estava afim. Mas quando cheguei lá percebi que eu não era o único gênio daquela cidade, na realidade, pensei nisso demasiado tarde. E a fila do cinema, a do meu filme de interesse especialmente, estava enorme! Por mais esperado que fosse, não desisti, afinal, sou brasileiro. Não fui ao cinema, entretanto, fui ao Burguer King, comprar um refrigerante, e reabastecer o copo por mais de uma hora. Era assim, que eu iria sobreviver ao dia mais quente da minha vida.
E falando em quente, naquele dia conheci uma guria que estava com muito calor! De uma forma bem decente, mostrava suas pernas maravilhosas a todos. Não sei exatamente o porquê, mas ela atirou o copo vazio dela em mim, quando percebeu que eu a olhava constantemente. Poxa moça! Você era a única alegria do meu dia, agora tem Pepsi na minha camiseta nova. No entanto, tive outra “ideia brilhante”, fui devolver o copo a ela. E por que? Eu devo ser realmente burro, porque ela me perguntou primeiramente se eu era algum tipo de maníaco sexual, e depois se eu era retardado, por ainda estar insistindo.
Qualquer um teria ido embora, mas eu não. Estava cheio de “ideias brilhantes” naquele dia. Perguntei a ela se ela queria o meu refrigerante e a minha nota, já que o copo dela, ela havia desperdiçado em um idiota como eu. E acreditem ou não, ela riu. Riu tanto que eu já não sabia se a tinha conquistado, ou se ela estava rindo da minha cara. Mas eu ri também, na dúvida, sempre faça o que os outros estão fazendo. Depois de uns cinco minutos rindo, e eu já não conseguindo mais forçar a gargalhada, ela me perguntou se eu não preferia pagar um sorvete a ela. Claro que eu disse sim, né? Tinha certeza de que ela estava na minha.
Levei ela ao Mc Donald’s, comprei uma casquinha mista para cada um, sentamos, e começamos a conversar. Ela era muito divertida, tinha um jeito meio moleca sem deixar de ser feminina. Eu tive certeza de que rolava um clima entre nós, me aproveitei que ela havia sujado o canto da boca, e me ofereci para “limpar”, quando fui me aproximar para dar o beijo nela. Ela me afastou com a mão, se levantou e disse: “Você é um cara muito legal, gatinho, mas em relação a calor, o meu eu sinto pelas mulheres também.”

Fiquei pasmo, e não lembro como voltei para casa naquele dia. Talvez eu tenha desmaiado com a pressão baixa, e alguém da minha família me levado do hospital para casa. Mas enfim, isso é indiferente.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Dentro de meus sonhos


  Não gosto de usar vestido, mas estou usando um branco, quase transparente, agora. Daqueles soltinhos, que balançam no ritmo do vento. Não gosto de branco, mas é uma cor que me lembra paz, e é o que estou sentindo agora. Eu gosto de flores, e no momentos estou rodeada delas. São de todas as cores, e de todos os tipos, que nem imagino o nome. Meu violão, porém, não está comigo como sempre sonhei. Estou só eu. Eu, o vento, as flores e meu vestido.
  O vento bagunça meu cabelo curto, mas eu não ligo, eu gosto. Levanta meu vestido, e sinto o frescor dentro de mim. Balança as flores, que fazem cócegas nas minhas pernas. E diante de uma imensidão colorida, me vêm o desejo súbito de correr. E corro, como se nunca fosse cansar, e o campo me parece infinito. Sinto a liberdade em meus pés descalços. Sinto como se eu tivesse asas e o vento me fizesse de brinquedo. Sinto a felicidade.
  Então eu canso, e me jogo ao chão em um suspiro de felicidade, alívio e cansaço. Olho para o céu, e ele está como eu gosto. Aquelas nuvens compridas, anunciando que dias de chuva vêm por aí, mas ainda assim, com um céu azul. Fico olhando, sentindo a brisa suave me refrescar. Finalmente, meus olhos se fecham, e eu acordo do meu sonho de paz.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Isolamento acústico

  Ponho meus fones de ouvido e, no mesmo instante, o mundo fica mudo. Um isolamento acústico para meus pensamentos. De certa forma minha mente se expande, o mundo deixa de ser tão inerte, já que nesse estado consigo ver de fato o que ocorre ao meu redor. Pois sem o fator auditivo, a análise ocular se torna de fato mais límpida.
  Percebo, então, coisas que poucos vêem. Não deixo passar os detalhes mais insignificantes. Que lindo é o mundo agora, sem as histerias desnecessárias do dia a dia. E no entanto, como é terrível perceber que nunca havia visto o mendigo que mora à três quadras da minha, e que a maioria das pessoas ainda o farão invisível. Sem voz somos todos iguais, pois não há o tom de superioridade em um patrão que se dirige ao seu empregado, nem o desprezo quando alguém mais velho tem algo a lhe falar.
  Sem voz somos um todo. Somos sem opinião, isso porém, não torna o silêncio melhor. Pois de todos os nossos bens, é a nossa opinião que nos torna únicos, e por isso, se temos voz, que seja decentemente usada. Ninguém quer ser apenas mais um alguém mudo ou repreendido. Se temos voz, que seja para nosso bem e o bem de todos ao nosso redor.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Da série "Eu não assisto BBB": Falar mal também dá ibope.

  Nos últimos dias, o assunto principal de várias conversas, ou percursor para iniciar algumas, tem sido o BBB. A partir daí, você pode esperar todo o tipo de comentário, desde o clássico "Você viu quem saiu da casa ontem?" até o "Eu não acredito que eles ainda não pararam de produzir aquele programa." Como de costume, virou assunto no facebook. E o irônico é que, há sempre aquelas pessoas que postam coisas como "Não quero ver postagens sobre BBB esse ano na minha timeline, compartilhe se você também não." Certo, meu bem, mas isso não é uma postagem sobre BBB? Vejo uma certa incoerência aí, hein.
  De qualquer forma, quero que saibam: Eles não ligam se você não assiste a porcaria do programa deles. É claro que ibope é essencial para esse tipo de programação, mas ter BBB nos Topic Trends já é mais do que suficiente para eles. E vocês sabem, quem usa o Twitter principalmente, que os TT's não diferenciam o tipo de comentário (bom ou mau), ambos estão ali. A questão é, falar mal também da ibope. O caso da Rebecca Black representa muito bem isso (sei que é um assunto velho, mas vamos ao argumento em questão), a garota não canta bulhufas, a música dela é um lixo, e todos nós concordamos nisso, mas ela ficou famosa pela sua exorbitante reprovação no YouTube. Fora que, hipocritamente, aqueles que falam mal de BBB, também o assistem, se não, não teriam o que falar, não?
  A minha opinião sobre BBB sempre foi clara: Eu não gosto e não assisto, e sempre preferi não manisfestá-la pelos motivos citados acima. Porém, ontem conheci um senhor, que para variar não lembro o nome, excepcionalmente inteligente e com a memória pelo menos umas três vezes melhor que a de qualquer um que virá a ler esse texto. Ele se mostrou tão indignado por ser obrigado a assistir o tal do programa, por eles enfiarem algo completamente sem cultura ao invés de uma programação que trouxesse conteúdo aos expectadores, que eu pensei: Poxa, ele tem razão, eu penso da mesma forma que ele. Quem está errada sou eu em não me manifestar.
  Então, aí está a minha manifestação indo contra as minhas ideias, e me tornando de certa forma hipócrita. Dediquei um texto do meu blog para falar do assunto que tanto repugno: BBB, para pedir humildemente que deixem esse assunto de lado. Se você não gosta de BBB, não critique quem gosta, a não ser que tenha uma argumentação elaborada. Aprenda a simples frase: "Falar mal também dá ibope". E leve isso consigo. Um dia, aqueles que ainda assistem, também vão enjoar, também vão perceber que o programa não emite cultura alguma, e que é apenas mais um meio de manipulação da globo. O melhor que você pode fazer é mostrar de forma clara, sem o desespero de converter a pessoa a uma anti-BBB, tudo o que o BBB realmente é, tudo o que eles fazem com as pessoas que assistem e com as que estão dentro da Casa. Pronto. Não precisa discutir, nem xingar, nem mandar os outros compartilharem coisinhas no facebook, nada. Quer fazer algo útil? Não tente converter o mundo, comece mudando as pessoas ao seu redor, é mais eficiente.
  E por fim, desligue a TV e vá ler um livro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Será que somos felizes?

  Somos felizes por comprar nossa TV de cinquenta polegadas, assinar TV via satélite e poder olhar nosso seriado favorito comendo brigadeiro? Somos felizes por tirar notas boas ou conseguir uma promoção no emprego? Somos felizes por comprar o carro do ano, ter uma piscina e ir para a praia nas férias? Não sei. Não tenho metade disso. Como teria, se nem 18 anos eu tenho?
  Seria eu feliz com meus 18 anos feitos? Com a possibilidade de fazer uma carteira, poder comprar bebida (sabemos que isso já era possível, mas, digamos "legalmente") e sair de casa sendo responsável por mim mesma? Não sei. Me diga você com seus 18 anos aí, alguma coisa mudou? É só mais uma idade, sabemos disso. E eu nem gosto de fazer aniversário.
  Felizes mesmo, éramos quando não precisávamos de todas essas coisas para nos satisfazer, quando um simples galho em forma de "arminha" fazia toda uma brincadeira. Quando acabavam os programas chatos da manhã, e começavam nossos desenhos favoritos. Ah, aqueles desenhos que nenhuma criança de agora vai saber como era. A nossa felicidade estava em não ligar para as coisas, porque não éramos pressionados por nada e por ninguém. A única coisa que cobravam de nós (e viva o machismo - que fique clara a ironia) é que as meninas usassem rosa e brincassem de boneca, e os meninos usassem azul e brincassem de carrinho.    Hoje não. Hoje temos que ter um carro, casa, emprego, estar na moda, ter filhos, ser bem comportado, politicamente correto, e afins. Mas que bosta? Isso não me faz feliz. A sociedade que se foda.
  Você é feliz? Sei lá cara. Se todas essas coisas o satisfazem, então aproveite. Entretanto, se você é como eu, e não vê sentido algum em todas essas futilidades, passe a não ligar para tudo que cobram de você, e encontre a sua felicidade. Num pôr-do-sol com os amigos, ou nas notas de um violão tocadas num dia chuvoso. Nas folhas das árvores caindo no outono, ou no vento gelado de inverno. Não importa. Na verdade, tudo o que eu disse não é um texto de auto-ajuda, ele também não importa. Just be happy.