sábado, 22 de janeiro de 2011

Amor, e um pouco de gramática.

Fico rabiscando, alguns desenhos, palavras. Coisas sem sentido algum. Tentando traduzir um sentimento indescritível. É como dar características ao abstrato, e quanto mais fazemos parte daquilo, menos entendemos.
É um completo paradoxo.
Um livro sem fim de palavras que se completam. Que para nenhum técnico faria sentido, até que amassem.

As vezes dói, as vezes faz chorar. Mas não queremos deixar de sentir. A resposta parece tão óbvia, mas não vemos, ou não queremos ver. Parece mais fácil sofrer, a deixar de amar.
Nos perguntamos se vale a pena. Todos dizem que não. Você sabe que não. Mas não quer acreditar que aquela seja a única saída.


Não faz sentido
- Amar é quase masoquismo! - diriam os mais radicais.
Mas eles também amam, nós amamos. Cada um com seu amor, com sua dor. Cada um sabe o amor que sente, e cada um pensou em alguém quando leu esse texto.
Somos humanos, e, irracionais ou não, queremos amar. Não importa quem seja (mãe, pai, gato, namorado, moto), queremos amar.
Alguns, um pouco mais egoístas, dizem "não". Acham mais fácil amar a si mesmo. Espertos talvez, ou apenas com medo.

Escrevo centenas de palavras. Risco. Escrevo tudo outra vez. Mas não consigo fugir da antítese, do paradoxo. Maldito amor, maldita gramática.

Um comentário:

  1. Eu ri da parte "Não importa quem seja (mãe, pai, gato, namorado, moto), queremos amar."

    muito bom o texto e tudo verdade
    bjos

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