quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Férias, eu quero seu corpo nu

  O ano letivo quase acabando, e eu querendo me matar. Se tem provas, a minha vontade é dizer "foda-se" e nem estudar. Torço a cada segundo para que os professores faltem, para que haja reunião, um apocalipse zumbi, ou qualquer coisa que nos deixe sem aula. Férias, onde você se escondeu querida? Eu te quero tanto.
  Não sei como está a situação de vocês, se já estão passados, enforcados, ou com a corda no pescoço, mas aposto que já não aguentam mais, aquela vontade de não levantar de manhã, e ficar apodrecendo na cama, eu sei bem como é. E o pior, na minha escola eles nem estenderam o feriado no dia 15 de novembro, é muita trollagem.
 Enfim, sei que o assunto não é dos melhores, entretanto, eu queria compartilhar meu desejo ardente por férias. '-'

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Chuva

  Hoje quando eu acordei e olhei para o céu pela janela do meu quarto, achei que seria um dia chuvoso. Provavelmente não fosse chover, mas eu queria que sim, eu queria um temporal. Um temporal que levasse todas as minhas mágoas e tristezas, que unisse a minha e todas as famílias em uma falta de luz. Eu queria fazer um piquenique em volta de uma vela, sentada no chão da sala, dentro de uma casa escura com a minha família. Queria acreditar por alguns segundos que as coisas são fáceis, que não há pessoas morrendo lá fora, não há corações sendo partidos, filhos sendo abandonados, e muitos outros problemas do mundo. Fingir, talvez, que vivo em um mundo perfeito, onde todos são extremamente felizes, e que a única coisa que os faz chorar é quando se machucam fisicamente, como quando somos criança.
  Eu queria que chovesse, para que eu pudesse olhar para aquela chuva e escrever algumas músicas ao lado do meu violão, músicas que nunca mostraria para ninguém. Eu só queria que chovesse, para acentuar a nostalgia do meu dia, ou apenas para unir minha família. E como um choro de criança, eu sei que chover não mudaria nada, mas pelo menos aliviaria a dor de quem chorou, e nesse caso, de quem desejou que chovesse.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Seu olhar perdido

   As vezes você se pega pensando em coisas aleatórias, como se seu cérebro quisesse fugir daquilo que você precisa pensar. Seu olhar fica perdido, triste ou alegre. Perdido, nos próprios pensamentos. Tentando encontrar uma resposta, lembrança, qualquer coisa dentro de si mesmo. Então, você se pega sorrindo durante a aula de física, enquanto olha para aquele quadro cheio de fórmulas e números sem sentido. Alguém te olha e pergunta "Por que você está sorrindo?", e você responde "Eu não sei", quando dentro de você paira aquele pensamento, aquela lembrança, aquele momento que fez você sorrir. E você chora, ou simplesmente seus olhos demonstram tristeza, enquanto todos os seus amigos a sua volta estão rindo. Perguntam a você o que houve, e você responde "Nada", quando quer dizer "Me abraça forte e nunca mais me solta.".
   Somos seres complexos, que adoram expressar por fora algo totalmente diferente do que está por dentro. A verdade, é que não desejamos que notem o que tentamos mostrar para que tudo pareça bem. Nós queremos que eles percebam o que está nos pensamentos, na alma, no olhar perdido. O que realmente é, e não o que aparenta ser.

Sei que parece um desabafo, em parte é, mas é também a realidade. Espero que entendam, na inutilidade dessas minhas bobagens, há algo para pensar. Beijos da bhe.