Não gosto de usar vestido, mas estou usando um branco, quase transparente, agora. Daqueles soltinhos, que balançam no ritmo do vento. Não gosto de branco, mas é uma cor que me lembra paz, e é o que estou sentindo agora. Eu gosto de flores, e no momentos estou rodeada delas. São de todas as cores, e de todos os tipos, que nem imagino o nome. Meu violão, porém, não está comigo como sempre sonhei. Estou só eu. Eu, o vento, as flores e meu vestido.
O vento bagunça meu cabelo curto, mas eu não ligo, eu gosto. Levanta meu vestido, e sinto o frescor dentro de mim. Balança as flores, que fazem cócegas nas minhas pernas. E diante de uma imensidão colorida, me vêm o desejo súbito de correr. E corro, como se nunca fosse cansar, e o campo me parece infinito. Sinto a liberdade em meus pés descalços. Sinto como se eu tivesse asas e o vento me fizesse de brinquedo. Sinto a felicidade.
Então eu canso, e me jogo ao chão em um suspiro de felicidade, alívio e cansaço. Olho para o céu, e ele está como eu gosto. Aquelas nuvens compridas, anunciando que dias de chuva vêm por aí, mas ainda assim, com um céu azul. Fico olhando, sentindo a brisa suave me refrescar. Finalmente, meus olhos se fecham, e eu acordo do meu sonho de paz.
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