sábado, 5 de junho de 2010

Ser ou não ser

   Agora, ouvindo uma música da minha cantora preferida, Pitty, e comendo uma Trakinas, resolvi pensar um pouco mais sobre o que escrever, afinal, o Liberarte está logo aí, e eu pretendo concorrer com vários textos, ou ao menos um, que eu considere bom. Mas infelizmente, minha mente fértil, ou quase isso, está bloqueada, não consigo pensar em nada que possa dar um bom texto.
   Hoje, prova de física. Acordar, estudar, tomar banho, almoçar e estudar. Uma rotina que se repete mesmo em dias que não são de prova. Algo que me faz crer que minha vida é um tanto monótona. Mas droga, a vida de qualquer adolescente é assim. E mesmo que não seja, estamos sempre reclamando.
   O que me anima é poder saber que vou chegar em casa, pegar meu violão, e cantar uma canção. Cantar? Como cantar? Oh meu Deus, estou sem voz. Minha voz, meu bem mais precioso talvez, mas algo que me faz muita falta. O que vou fazer se não puder cantar? O que vou fazer, se não puder sentir um dos maiores prazeres pra mim? Oh meu Deus! Vou ficar ali, com vontade, ouvindo uma cantora qualquer, famosa de fato, cantar perfeitamente, e me lamentar por não ser igual.
   O mais interessante disso tudo, é que eu me lamento mesmo tendo minha voz. Que coisa, eu nunca cantarei tão bem quanto essas cantoras famosas. Creio que isso não seja apenas um problema comigo, mas sim com todos os adolescentes, nós sonhamos, imaginamos, queremos ser outra pessoa. E nos lamentamos, por não conseguir.
   Bom, já passaram quatro músicas. A que toca é ruim, vou mudar, escolho inconscientemente, ou conscientemente, a música que era de nós dois. Equalize. Eu sei que ele lembra. Eu sei.
   O problema das pessoas de hoje, ou melhor, o problema das pessoas desde o início dos tempos, é amar. Talvez não o amar em si, mas o modo com é feito. O modo com é dito. O modo com é dado. Sempre acaba machucando alguém, sempre sai alguém com esperanças, sempre tem uma música que nos faz lembrar.
   Minha Trakinas acabou.
   Vou pegar um café.
   Bebo café, logo existo.
   Sempre achei que café fizesse bem pra mim. Pois veja bem, ele esquenta, te dá energia, e ainda é gostoso. Tomo em média três xícaras de café por dia, há mais ou menos dois anos. Não sou viciada. Paro quando eu quiser. Vendo pela quantidade, concluo que bebo café demais. Minha mãe já havia dito isso para mim, mas não tinha parado pra pensar. Segunda-feira penso melhor nisso. Segunda-feira mudo minha dieta.
   Gosto de observar as pessoas. Gosto principalmente de ver o modo como elas agem em relação a certas coisas, como elas reagem a determinados momentos. Como por exemplo, uma decepção amorosa. Poderia dividir em dois grandes grupos as pessoas de acordo com o modo que elas reagem a isso: as que superam e as que não superam. Desconsiderando as subdivisões, de uma maneira rápida poderíamos defini-las assim: as que superam, são aquelas que sofrem um dia no máximo, logo depois dizem que passou, e começam um novo relacionamento. As que não superam, são aquelas que sofrem durante a vida inteira, tratam isso como um trauma, tudo as faz lembrar daquele momento, e adoram que os outros tenham pena delas. Na verdade esse segundo grupo é só um monte de gente que quer chamar a atenção.
   Cansei de pensar.
   Vou ir dormir.
   Quem sabe volto amanhã, para escrever mais sobre absolutamente nada.

Um comentário:

  1. acho que superar ou nao é uma questao de querer. se tu quiser passar o resto da tua vida preso àquela pessoa, não adianta, vai ser assim. é só saber que nao deu certo e seguir em frente que tu supera, mesmo que acabe demorando um pouco

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